Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025 - Por COCEN
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Pesquisadoras apresentarão projetos sobre etanol de 2ª geração e engenharia de tecidos complexos
As pesquisadoras Bruna Gomes de Melo, do CEB, e Luana Walravens Bergamo, do CBMEG, são as convidadas da 21ª edição do Café COCEN.
O evento será realizado presencialmente no dia 17 de fevereiro, às 14h30, na sede da COCEN.
Bruna Gomes falará sobre "Estratégias de Biofabricação para a Engenharia de Tecidos Complexos".
Luana Bergamo fará a apresentação: "Novo Paradigma para Produção de Etanol de Segunda Geração no Brasil".
Após as apresentações, uma roda de conversa entre as palestrantes e o público será conduzida pela coordenação da COCEN.
O Café COCEN tem objetivo de fomentar a integração e potencializar os horizontes de colaboração interdisciplinar entre pesquisadoras e pesquisadores de áreas distintas, além de promover divulgação científica.
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Estratégias de Biofabricação para a Engenharia de Tecidos Complexos
A engenharia de tecidos é uma área interdisciplinar que utiliza a combinação de células, biomateriais e técnicas de biofabricação para o desenvolvimento de tecidos com características estruturais e fisiológicas similares às encontradas nos tecidos presentes no corpo humano. As técnicas de biofabricação, como a bioimpressão 3D e as plataformas do tipo organ-on-a-chip, são cada vez mais avançadas e vêm permitindo a construção de sistemas sofisticados e funcionais, com potencial para o uso na substituição e regeneração de tecidos lesionados, além de serem extremamente úteis em estudos que visam a compreensão de mecanismos celulares e moleculares envolvidos em diversas doenças.
Desenvolvimento de um novo paradigma para produção de etanol de segunda geração no Brasil
Os biocombustíveis de segunda geração (2G) são reconhecidos como fundamentais para a expansão da produção de biocombustíveis no Brasil e para a produção sustentável de biocombustíveis na escala necessária para a mitigação das mudanças climáticas em todo o mundo. Apesar das necessidades e oportunidades relacionadas com os biocombustíveis 2G, a sua implantação comercial progrediu mais lentamente do que o esperado ao longo da última década. A tecnologia atualmente disponível (baseada no uso de pré-tratamento termoquímico, adição de enzimas e fermentação por leveduras) é suficiente para lançar a indústria de biocombustíveis celulósicos, porém novas tecnologias com potencial para reduções disruptivas de custos têm um papel fundamental no futuro. Uma dessas tecnologias é o BioProcessamento Consolidado com Cotratamento, ou C-CBP, que utiliza Clostridium thermocellum -- uma bactéria anaeróbica e termofílica com capacidade nativa de consumir celulose e fermentar açúcares derivados de biomassa em etanol -- e ruptura mecânica durante a fermentação. Apesar de ser capaz de consumir celulose, C. thermocellum não é capaz de fermentar açúcares em etanol de forma eficiente e economicamente viável, o que pode ser contornado com a aplicação de engenharia genética para eliminar algumas vias metabólicas indesejadas e melhorar a via para a produção de etanol.
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Bruna Gomes de Melo possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) (2011). Estágio no exterior na Université Pierre et Marie Curie (Paris VI) e Chimie ParisTech (2012-2013). Mestrado (2016) e Doutorado (2019) em Engenharia Química pela Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da UNICAMP. Doutorado com período sanduíche na Harvard Medical School/Brigham and Women's Hospital (2017-2018). Pós-doutorado (2022) na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em colaboração com Harvard Medical School/Brigham and Women's Hospital. Atualmente é Pesquisadora (Carreira Pq) do Centro de Engenharia Biomédica (CEB) da UNICAMP, atuando nas áreas de biomateriais e biofabricação, com foco no desenvolvimento de plataformas in vitro para mimetização de órgãos e tecidos utilizando biomateriais, bioimpressão 3D e microfluídica, visando a aplicação na biomedicina. Membra da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica.
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Luana Walravens Bergamo possui Doutorado e Mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente é Pesquisadora (Pq-C) no Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG/UNICAMP) e docente colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular (PPG-GBM/UNICAMP - Conceito CAPES 7). Participa de diferentes projetos de pesquisa e orienta alunos de graduação e pós-graduação. Atua na área de genética e biologia molecular, atualmente com ênfase em microrganismos, tendo experiência em genética e genômica de populações, ecologia molecular, evolução e filogeografia. Atua também como Diretora Assistente do Laboratório de Biocombustíveis Avançados de Segunda Geração (A2G), um projeto de colaboração internacional que visa estabelecer um novo paradigma para a produção sustentável de bioetanol a partir de cana-de-açúcar e cana-energia, envolvendo o uso de bactérias termofílicas anaeróbias modificadas geneticamente.
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